No giz do gesto, o jeito pronto do piscar dos cílios, que o convite do silêncio exibe em cada olhar...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Odeio.



Odeio.


Odeio, primeiramente o meu jeito, de anular as minhas vontades em favor das pessoas, parece que não aprendo com o que a vida me ensina.

Odeio meu coração bobo, que mesmo conseguindo ver adiante, insiste em tentar. Se está claro, pra que a busca em algo que não vai me permitir absolutamente nada?

Odeio quem se faz de inocente achando que eu sou mais inocente ainda.

Odeio o silêncio quando faço uma pergunta.

Odeio quando me pedem para expressar meus sentimentos e quando eles estão expostos, onde você está mesmo?

Odeio o pedido, o concedido e a gratidão, cadê?

Odeio o jogo, quando o adversário não sabe jogar.

Odeio o interesse súbito e de repente, condição de quem busca o vazio.

Odeio a disputa, mesmo que intrínseca, não prova nada, apenas mostra quem você é de fato.

Odeio ser e estar vulnerável, as pessoas se aproveitam.

E por falar em aproveitar... Fique sabendo que não me permito tanto, apenas faço com que
acredite que não percebo o seu real interesse.

E pra você caro leitor que deve estar perguntando, o que será ou a quem será que ela tentar acertar.
Eis a resposta...

A intenção de acertar é pura, o erro faz parte do aprendizado e quanto ao sentimento lançado, que fique bem claro ODEIO odiar.


(Renata Novacosque)

Um comentário:

  1. concordo com voce, ODEIO odiar! e confesso que tento tirar essa palavra do meu vocabulario e, principalmente, sentimento do meu coração...
    mas o texto ta otimo!!!

    beijos

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