No giz do gesto, o jeito pronto do piscar dos cílios, que o convite do silêncio exibe em cada olhar...

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Novo, de novo.





Tudo muda o tempo todo.

Há dez minutos estava aqui com a lua a iluminar minhas ideias. De repente o tempo mudou, o vento ficou mais frio e vem chuva por aí.
Chuva pra lavar a alma, pra aquietar o coração e fazer descansar.
E a vida é idêntica ao tempo. Ontem vivia o novo, o pulsar da novidade, hoje agora já vivo o passado.
Sim, um pretérito quase mais que perfeito, de semelhança, de coração aberto que dizia: Abraça forte pra não escapar tanta soma de sentimento. Aperta. Veloz, na velocidade da luz.
Viver é isso. É se encher de sentimento, é transbordar, é se achar inteiro, é querer ser dois sendo um.
É um sabor doce, que não cabe descrição, é pura emoção, não cabe conceito, definição e muito menos razão.
Encostou o recomeço, peraí, de novo?
Sim, sou feita dele, de inícios, sem meios.


Renata Novacosque