No giz do gesto, o jeito pronto do piscar dos cílios, que o convite do silêncio exibe em cada olhar...

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Que eu possa...


Que eu possa respeitar opiniões diferentes da minha.
Que eu possa me desculpar antes do ódio.
Que eu possa escrever cartas de amor de repente.
Que eu possa viajar para adorar a distância.
Que eu possa voltar para dizer o que não tive coragem.
Que eu pense em meu amor ao travessar a rua.
Que eu pense na rua ao atravessar o amor.
Que eu dê conselhos sem condenar.
Que eu seja a vontade de rir.
Que eu não seduza para confundir.
Que eu seduza para iluminar.
Que eu não sacrifique a confiança pela covardia.
Que eu use somente as palavras que tenham sentido.
Que transforme a raiva em vontade de me entender.
Que eu possa soltar vaga-lumes que prendi em potes.
Que eu me lembre de ser feliz.

Carpinejar



segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Quando Deus aparece pra você?


Pra mim, Ele aparece sempre através da música. 
De forma inesperada, a música me transcende.
Deus me aparece nos livros,
 em parágrafos que não acredito que possam ter sido escritos por um ser mundano: foram escritos por um ser mais que humano.

Deus me aparece - muito! - quando estou em frente ao mar.
A gente se entende em meio ao azul, que seria a cor de Deus, se Ele tivesse uma.

Deus aparece quando choro. 
Quando a fragilidade é tanta que parece que não vou conseguir me reerguer.


Não sendo visível aos olhos, Ele dá preferência à sensibilidade como via de acesso a nós.

Faço minhas, as palavras de Martha Medeiros.