No giz do gesto, o jeito pronto do piscar dos cílios, que o convite do silêncio exibe em cada olhar...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

"Garantir reter guardar essa esperança."


"Que os sensíveis sejam também protegidos. Que sejam protegidos todos os que veem muito além das aparências. Todos os que ouvem bem pra lá de qualquer palavra. Todos os que bordam maciez no tecido áspero do cotidiano."

(Ana Jácomo)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Começar o começo


Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: - "pai, começa o começo!". O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, "começar o começo" de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas "tangerinas" são outras. Preciso "descascar" as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis......
Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para "começar o começo" era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.
Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
"Pai, começa o começo!"
Não sei que tipo de dificuldade eu e você estamos enfrentando ou encontraremos pela frente neste ano. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: "Pai, começa o começo!".

(Autor Desconhecido)


domingo, 6 de novembro de 2011

Há muito o que fazer.

[...] E sonhos não envelhecem.

(Milton Nascimmento)

True.

— Só sei que nós nos amamos muito…
— Porque você está usando o verbo no presente? Você ainda me ama?
— Não, eu falei no passado! – Curioso né? É a mesma conjugação.
— Que língua doida! Quer dizer que NÓS estamos condenados a amar para sempre?
(…)
... — E não é o que acontece? Digo, nosso amor nunca acaba, o que acaba são as relações…
— Pensar assim me assusta.
— Por que? Você acha isso ruim?
— É que nessas coisas de amor eu sempre dôo demais…
— Você usou o verbo ‘doer’ ou ‘doar’?
(Pausa)
— Pois é, também dá no mesmo…


(Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Saudade


É impossível não sentir.
Ela faz chorar.
E também sorrir.
Ela não depende de tempo.
De idade.
Ela é uma viagem ao passado que desperta uma imensa vontade de viver o presente. Afinal, como será o futuro sem ela?
Ela se escreve apenas em português, mas se compreende em todo planeta.
Não escolhe cor, nem religião.
Ela só bate em quem tem coração. E por mais que se fale, ninguém, nunca, vai conseguir definir exatamente o que ela é.
Porque não se explica.
Saudade, se sente.”

(Agência Pandora)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Doce Novembro



Não lembrava...

[...]Mas lembrava com nitidez do que sentiu e contou que toda vez que lembrava instantaneamente sorria, como se vivesse de novo.

Ana Jácomo