(Carlos Drummond de Andrade)
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
domingo, 23 de outubro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
Identidade
"Dos medos nascem as coragens; e das dúvidas as certezas.
Os sonhos anunciam outra realidade possível, e os delírios, outra razão.
Somos, enfim, o que fazemos para transformar o que somos.
A identidade não é uma peça de museu, quietinha na vitrine, mas a sempre assombrosa síntese das contradições nossas de cada dia.
Nesta fé, fugitiva, eu creio.
Para mim, é a única fé digna de confiança, porque é parecida com o bicho humano[...]. "(Eduardo Galeano, O livro dos abraços.)
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Enxuga excessos.
- Não sei. Um pouco.
Sohrab deu de ombros e voltou a sorrir, desta vez era um sorriso mais largo.
- Não tem importância. Posso esperar. É que nem maçã ácida.
- Maçã ácida?
- Um dia, quando eu era bem pequenininho mesmo, trepei em uma árvore e comi uma daquelas maçãs verdes, ácidas. Minha barriga inchou e ficou dura feito um tambor. Doeu à beça. A mãe disse que, se eu tivesse esperado as maçãs amadurecerem, não teria ficado doente. Agora, quando quero alguma coisa de verdade tento lembrar do que ela disse sobre as maçãs."
(O Caçador de Pipas)
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Escolhas...
"Há exatos dez dias, essa palavra não me sai da minha cabeça.
Escolher o quê?
O mundo ultimamente se mostra tão pequeno e em alguns instantes, vivi o agosto sem gosto. Tudo muito rápido, devastador e sem nenhuma escolha.
Rezei para o barco fluir na bonança e para que a tempestade passasse logo.
Ainda chove, mas a brisa que ecoa me enche de fé e permite-me ver adiante.
Da escolha, só queria um detalhe, que as pessoas fossem mais puras, assim como o coração no peito. Se contrai e se expande, nessa proporção. De dentro pra fora."
Disritmia Poética
Partiste meu coração em cacos espalhados nos ladrilhos desse chão.
Sambando fostes, deles desviando, junto à canção.
Poeticamente vi teu corpo e olhos de mim se distanciando
Mal sabia que, tão breve, já não mais degustaria teu sorriso me pintando.
O que mais me resta
senão pousar meus olhos carentes
a mesa em siesta.
Ensinas-me com quantos poemas se constrói a canoa do amor que me pedes
Conduzas-me nesse enredo e evolução de corações apaixonados sem peles
De nós só uma certeza me resta
Um amor solitário vivido em disritmia poética.
Ivan Cadima